Qual o Melhor Direct Box Para Violão: Ativo ou Passivo?

Gustavo Ferreira Martins
Gustavo Ferreira Martins
12 min. de leitura

Escolher um direct box para violão é uma decisão técnica que afeta diretamente a qualidade do seu som ao vivo ou em estúdio. Um bom DI box, ou casador de impedância, preserva o timbre natural do instrumento, elimina ruídos e entrega um sinal forte e limpo para a mesa de som.

Este guia analisa os melhores modelos do mercado, explicando as diferenças fundamentais entre as opções ativas e passivas, para que você possa investir no equipamento certo para suas apresentações e gravações.

DI Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença Para o Violão?

A escolha entre um direct box ativo e um passivo depende principalmente da captação do seu violão. Violões com captação passiva, que não usam bateria e têm um sinal de saída mais fraco, se beneficiam de um DI box ativo.

O DI ativo possui um pré-amplificador interno que fortalece o sinal antes de enviá-lo à mesa, garantindo mais ganho e clareza, especialmente em cabos longos. Eles precisam de alimentação, seja por bateria de 9V ou Phantom Power da mesa de som.

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Por outro lado, um DI box passivo é a escolha ideal para violões com captação ativa, ou seja, aqueles que já possuem um pré-amplificador embutido e usam bateria. Como o sinal já é forte, o DI passivo apenas faz o casamento de impedância e o balanceamento do sinal sem adicionar ganho.

Ele não colore o som e é conhecido por sua simplicidade e durabilidade, já que não requer alimentação externa para funcionar. Usar um DI passivo com um violão ativo evita que o sinal chegue com saturação excessiva na mesa de som.

Análise: Os 10 Melhores DI Boxes Para Violão

1. Lr Baggs Session DI Equalizador para Violão

O Lr Baggs Session DI é muito mais que um simples direct box. Ele é uma ferramenta de modelagem sônica projetada para músicos profissionais que buscam qualidade de estúdio no palco.

Sua principal característica é o circuito de saturação analógica, que adiciona calor e riqueza harmônica ao som do seu violão, suavizando a rispidez característica de captadores piezo.

Além disso, o compressor multibanda integrado, com apenas um controle, doma dinâmicas problemáticas de forma inteligente, agindo especificamente nas frequências que precisam de controle sem achatar o som geral.

É como ter um engenheiro de som experiente dentro de um pedal.

Este DI box com equalizador é a escolha definitiva para o violonista de gravação ou o músico de palco que não abre mão do melhor timbre possível. Se você toca profissionalmente, faz turnês ou grava com frequência e sente que o som do seu captador é muito 'plástico' ou 'seco', o Session DI transforma seu sinal.

Ele entrega um som mais encorpado, polido e pronto para a mixagem. O investimento é alto, mas os resultados em termos de qualidade sonora justificam o preço para quem vive da música.

Prós
  • Qualidade de áudio de estúdio com saturação analógica
  • Compressor multibanda que controla dinâmicas de forma musical
  • Construção robusta e pronta para a estrada
  • Filtro 'notch' para eliminar microfonias
Contras
  • Preço significativamente mais alto que outros DIs
  • Requer um entendimento básico de compressão e saturação para extrair o melhor

2. Whirlwind IMP 2 Direct Box Passivo

O Whirlwind IMP 2 é um verdadeiro clássico da indústria. Este direct box passivo é a definição de confiabilidade e simplicidade. Construído com um chassi de metal extremamente resistente, ele foi feito para aguentar o abuso da estrada por décadas.

Sua função é singular e executada com perfeição: converter um sinal de instrumento não balanceado (P10) em um sinal de microfone balanceado (XLR), sem adicionar ou remover nada do seu timbre original.

Não há botões complexos, apenas as entradas e saídas essenciais e uma chave de Ground Lift.

Este produto é a escolha perfeita para técnicos de som, donos de casas de show, igrejas e músicos que precisam de uma ferramenta 100% confiável. Se você já tem um violão com um bom pré-amplificador ativo e quer apenas a garantia de um sinal limpo e sem ruídos chegando à mesa, o IMP 2 é imbatível.

Sua construção à prova de falhas significa que ele simplesmente funciona, sempre. É o tipo de equipamento que você compra uma vez e usa para o resto da vida.

Prós
  • Construção extremamente robusta, quase indestrutível
  • Totalmente passivo, não requer alimentação
  • Transparência sonora, não colore o timbre do instrumento
  • Padrão da indústria, encontrado em palcos do mundo todo
Contras
  • Não oferece recursos extras como equalização ou atenuação
  • Não é ideal para instrumentos com captação passiva de baixo sinal

3. Santo Ângelo DBA1 Direct Box Ativo

O Santo Ângelo DBA1 é um direct box ativo que entrega funcionalidade e bom desempenho com um ótimo custo-benefício. Sendo ativo, ele é especialmente indicado para violões com captação passiva, pois seu circuito interno fornece o ganho necessário para fortalecer o sinal e enviá-lo com força para a mesa de som, mesmo através de cabos longos.

Ele pode ser alimentado tanto por uma bateria de 9V quanto via Phantom Power, oferecendo flexibilidade em diferentes situações de palco.

Para o músico que está começando a tocar ao vivo e possui um violão sem pré-amplificador, o DBA1 é uma solução acessível e eficaz. Ele também atende bem quem precisa de um DI ativo para outras fontes, como teclados ou baixos passivos.

Com chaves de atenuação (0, -20dB, -40dB), ele se adapta a diferentes níveis de sinal, evitando distorções na entrada da mesa. É uma ferramenta versátil para o kit de qualquer músico que busca resolver problemas de sinal sem gastar muito.

Prós
  • Ótimo custo-benefício para um DI ativo
  • Ideal para violões com captação passiva
  • Opções de alimentação por bateria ou Phantom Power
  • Chave de atenuação para fontes de sinal fortes
Contras
  • Construção mais leve em comparação com modelos premium
  • O compartimento da bateria pode ser pouco prático para trocas rápidas

4. Behringer DI20 Direct Box Ativo 2 Canais

O Behringer DI20 se destaca pela sua versatilidade. Este direct box ativo oferece dois canais independentes em um único chassi compacto, tornando-o uma espécie de canivete suíço para músicos e técnicos.

Ele pode funcionar como dois DIs mono separados ou como um DI estéreo para instrumentos como teclados e baterias eletrônicas. O recurso mais interessante é o modo 'Split', que permite enviar o mesmo sinal de entrada para duas saídas diferentes, uma para a mesa de som (XLR) e outra para um amplificador no palco (P10).

Este DI é perfeito para o multi-instrumentista ou para quem precisa de flexibilidade máxima. Se você toca violão e precisa de um segundo canal para um teclado, ou se apresenta em um duo acústico, o DI20 resolve tudo com uma única caixa.

Para o violonista que gosta de usar um amplificador como retorno de palco, o modo 'Split' é a solução ideal. É uma ferramenta de solução de problemas extremamente útil para ter na mochila, especialmente pelo seu preço acessível.

Prós
  • Dois canais em uma única unidade
  • Modo 'Split' para enviar sinal para o PA e para um amplificador
  • Excelente relação entre funcionalidade e preço
  • Pode operar com bateria ou Phantom Power
Contras
  • A carcaça de plástico e alumínio é menos robusta que a de modelos de aço
  • Consumo de bateria pode ser alto se usado com frequência

5. Santo Ângelo DBP2 Direct Box Passivo Duplo

O Santo Ângelo DBP2 oferece a simplicidade e a confiabilidade de um DI passivo, mas com dois canais. Sendo um modelo passivo, ele é projetado para trabalhar com instrumentos que já possuem um sinal forte, como violões com pré-amplificadores ativos.

Ele não colore o timbre e faz o trabalho essencial de balancear o sinal e casar a impedância para a mesa de som, garantindo um som limpo e livre de interferências.

Este é o produto ideal para duplas de violonistas ou para o músico que utiliza dois instrumentos com captação ativa no palco. Se você e seu parceiro de banda precisam ligar seus violões na mesa de som de forma rápida e eficiente, o DBP2 economiza espaço e simplifica a montagem.

Também é uma ótima opção para tecladistas que precisam de um DI estéreo passivo. Sua construção em metal garante boa durabilidade para o uso constante.

Prós
  • Dois canais passivos em uma caixa compacta
  • Ideal para instrumentos com pré-amplificador ativo
  • Não requer alimentação, sendo muito prático
  • Construção metálica robusta
Contras
  • Não é adequado para instrumentos de captação passiva
  • As chaves de Ground Lift são compartilhadas por canal, não por entrada

6. Santo Angelo Ninja Direct Box Passivo

O Santo Angelo Ninja Direct Box Passivo foi criado com um objetivo claro: portabilidade extrema. Seu formato ultracompacto, que lembra um simples adaptador, permite que ele seja levado no bolso do case do violão sem ocupar espaço.

Apesar do tamanho, ele executa a função essencial de um DI passivo, convertendo o sinal P10 não balanceado do seu violão ativo para um sinal XLR balanceado, pronto para a mesa de som.

É a simplicidade levada ao extremo.

Este DI é a escolha perfeita para o músico minimalista e itinerante. Se você toca em bares, eventos ou igrejas diferentes a cada semana e quer ter sua própria solução de DI sem carregar peso extra, o Ninja é imbatível.

Ele é ideal para violões com captação ativa, garantindo que seu som chegue limpo à mesa. Embora não tenha a robustez de um Whirlwind, sua praticidade para o músico que precisa de uma solução 'plug-and-play' é seu maior trunfo.

Prós
  • Extremamente compacto e leve
  • Fácil de transportar no case do instrumento
  • Solução passiva 'plug-and-play' sem complicações
  • Preço acessível
Contras
  • Construção mais frágil, não é ideal para uso intenso em turnês
  • A ausência de uma base pesada pode fazê-lo se mover facilmente no palco

7. Waldman DI 2Ps Direct Box Duplo Passivo

O Waldman DI 2Ps é um direct box passivo de dois canais que foca em oferecer uma solução funcional a um preço muito competitivo. Assim como outros DIs passivos duplos, ele é feito para lidar com sinais de alta impedância de fontes ativas, como violões com pré-amp, teclados e outros equipamentos eletrônicos.

Cada canal possui entrada e saída P10 (link), além da saída XLR balanceada, permitindo flexibilidade na conexão.

Este equipamento é direcionado para o músico amador, home studios com orçamento limitado ou pequenas igrejas que precisam conectar dois instrumentos ativos de forma econômica. Se você busca uma solução simples para ensaios ou pequenas apresentações e não quer fazer um grande investimento, o DI 2Ps cumpre a função básica de balancear o sinal.

Ele permite que uma dupla de violonistas ou um tecladista estéreo se conecte à mesa sem problemas de ruído e impedância.

Prós
  • Preço muito acessível para um DI duplo
  • Dois canais independentes
  • Design simples e funcional
  • Não necessita de alimentação
Contras
  • Qualidade dos componentes internos é básica
  • Pode introduzir uma pequena perda de sinal ou coloração em setups mais exigentes

8. Waldman Activity Di100a Direct Box Ativo

O Waldman Activity DI100A entra no mercado como uma opção de direct box ativo de baixo custo, projetado para ser uma porta de entrada para músicos que precisam dessa funcionalidade.

Sua principal tarefa é amplificar o sinal de instrumentos com captação passiva, como violões sem circuito de pré-amplificação. Ele opera com bateria 9V ou Phantom Power e inclui uma chave de atenuação (PAD) para acomodar fontes de sinal mais fortes sem distorcer.

Este DI é ideal para o músico iniciante que acabou de comprar um violão com captador passivo e descobriu que o sinal chega muito baixo e com ruído na mesa de som. O DI100A resolve esse problema específico com um investimento mínimo.

Se você precisa de uma solução emergencial ou de um DI ativo para uso esporádico em ensaios ou apresentações pequenas, ele oferece a funcionalidade necessária para fazer o trabalho.

Prós
  • Preço extremamente competitivo para um DI ativo
  • Funciona com bateria ou Phantom Power
  • Chave de atenuação para maior versatilidade
  • Resolve o problema de sinal baixo de captadores passivos
Contras
  • Construção e componentes de nível de entrada
  • A qualidade sonora pode não ser tão transparente quanto a de modelos mais caros

9. Waldman DI-200A Direct Box Ativo 2 Canais

Similar em conceito ao Behringer DI20, o Waldman DI-200A é um direct box ativo de dois canais que busca oferecer máxima flexibilidade por um preço baixo. Ele permite conectar dois instrumentos com captação passiva ou usar um instrumento estéreo.

Cada canal possui sua própria chave de atenuação, o que é uma vantagem para lidar com fontes de sinal com volumes diferentes. A alimentação dupla via bateria ou Phantom Power o torna adaptável a qualquer cenário.

O DI-200A é uma boa opção para home studios ou músicos que precisam de múltiplos canais ativos, mas estão com o orçamento apertado. Se você é um tecladista que também toca violão passivo, ou se sua banda precisa ligar vários instrumentos de forma organizada, este DI oferece uma solução centralizada e econômica.

É uma ferramenta de utilidade que, embora não tenha a construção mais robusta, entrega a funcionalidade prometida para situações de uso moderado.

Prós
  • Dois canais ativos com controles de atenuação independentes
  • Ótimo custo por canal
  • Flexibilidade de alimentação (bateria ou Phantom)
  • Útil para teclados e setups com múltiplos instrumentos
Contras
  • Qualidade de construção de nível básico
  • O circuito pode adicionar um pouco de ruído próprio em volumes muito altos

10. Pyle Pro PDC21 Direct Box Passivo

O Pyle Pro PDC21 é um direct box passivo de dois canais que se posiciona como uma das opções mais baratas do mercado. Ele foi feito para uma única tarefa: pegar o sinal de dois instrumentos com saída de alta impedância, como violões ativos ou teclados, e convertê-lo para um sinal balanceado de baixa impedância.

Sua operação é direta, com entradas e saídas claramente marcadas e uma chave de Ground Lift para cada canal.

Este DI é para quem busca a solução mais econômica possível para um problema de conexão. Se você tem um home studio iniciante ou precisa de DIs para uma sala de ensaio de uso não profissional, o PDC21 pode ser suficiente.

Para o músico que toca esporadicamente e precisa apenas de uma forma de ligar seu violão ativo e o de um amigo na mesa, ele cumpre a função. É importante ter em mente que, pelo preço, a qualidade dos transformadores internos é básica, o que pode resultar em alguma perda de fidelidade sonora.

Prós
  • Preço extremamente baixo
  • Dois canais em um único aparelho
  • Operação simples e direta
  • Não precisa de bateria ou Phantom Power
Contras
  • Transformadores de baixa qualidade podem degradar o timbre
  • Construção leve, mais adequada para uso fixo do que para a estrada

O Que é o Botão 'Ground Lift' e Como Ele Salva Seu Som?

O botão 'Ground Lift', ou 'aterramento flutuante', é um recurso fundamental em qualquer direct box. Sua função é resolver um problema comum e irritante: o zumbido de 60Hz, também conhecido como 'hum'.

Esse ruído geralmente ocorre quando o equipamento de áudio (como seu DI e a mesa de som) está conectado a diferentes circuitos elétricos, criando um 'loop de terra'.

Ao acionar a chave 'Ground Lift', você desconecta o pino 1 do conector XLR, que é o pino de aterramento. Isso quebra o loop de terra entre os equipamentos e, na maioria dos casos, elimina o zumbido instantaneamente, sem afetar a qualidade do seu timbre.

Se você ouvir um zumbido ao conectar seu violão, a primeira coisa a fazer é apertar esse botão. É uma solução simples para um problema que pode arruinar uma apresentação.

Impedância: A Função Chave do DI Para um Timbre Fiel

A principal função de um direct box é atuar como um casador de impedância. A captação de um violão gera um sinal de alta impedância (Hi-Z), enquanto a entrada de microfone de uma mesa de som espera um sinal de baixa impedância (Lo-Z).

Conectar diretamente um no outro resulta em um 'casamento de impedância' incorreto.

Esse erro causa uma perda drástica de frequências agudas e de corpo no som, deixando o timbre do violão magro, sem vida e opaco. O DI box possui um transformador (em modelos passivos) ou um circuito eletrônico (em modelos ativos) que converte a alta impedância do violão para a baixa impedância que a mesa espera.

Esse processo garante que todo o espectro de frequências do seu instrumento seja transferido corretamente, preservando a fidelidade e a riqueza do seu timbre natural.

Sinal Balanceado: O Segredo Para um Som Limpo e Sem Ruídos

Cabos de instrumento comuns (P10) transportam um sinal não balanceado. Esse tipo de sinal é muito suscetível a interferências de rádio frequência e eletromagnéticas, especialmente em cabos com mais de 5 metros de comprimento.

O resultado é a captação de chiados, zumbidos e até mesmo estações de rádio no seu som.

O direct box resolve isso convertendo o sinal não balanceado em um sinal balanceado, que é enviado através de um cabo XLR (cabo de microfone). Um sinal balanceado utiliza três condutores: dois para o sinal (um com a polaridade invertida) e um para o aterramento.

Na mesa de som, qualquer ruído captado igualmente pelos dois condutores de sinal é cancelado, pois um está com a polaridade invertida. Isso permite o uso de cabos muito longos, de dezenas de metros, sem perda de qualidade e sem adicionar ruído, garantindo um som de violão limpo e profissional no PA.

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