Qual Melhor Violão Tagima ou Strinberg: Guia Final
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Escolher entre Tagima e Strinberg é o dilema mais comum para músicos brasileiros em busca de custo-benefício. Ambas dominam o mercado de entrada e intermediário, mas entregam experiências sonoras e de construção distintas.
Este guia corta o ruído do marketing para comparar diretamente a qualidade das madeiras, a eletrônica e a durabilidade das ferragens. Também analisamos kits de tarraxas essenciais, pois a estabilidade da afinação é onde esses instrumentos econômicos costumam falhar primeiro.
Madeira, Som e Acabamento: Como Avaliar?
A construção define a longevidade do instrumento. A Tagima aposta frequentemente em Linden e Mahogany para seus corpos nas linhas de entrada como a Memphis. O Linden é uma madeira leve e macia.
Ela oferece um som equilibrado, mas com menos projeção e complexidade harmônica. Já a Strinberg costuma ser mais agressiva nas especificações técnicas, entregando tampos em Spruce (Abeto) ou Sapele laminado mesmo em faixas de preço similares.
O Spruce tende a projetar agudos mais brilhantes e definidos, o que favorece quem toca com palheta ou busca destaque em uma mixagem de banda.
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O acabamento é outro divisor de águas. Modelos da Strinberg, como a linha Euro ou Black Series, apresentam uma estética visual moderna, com verniz de alta qualidade e detalhes em abalone ou binding bem executado.
A Tagima foca no tradicionalismo. Seus modelos mais famosos, como o Dallas e o Kansas, seguem designs clássicos que lembram os violões americanos. É crucial verificar os trastes. Em ambas as marcas, modelos de entrada podem vir com arestas vivas que machucam a mão, exigindo uma regulagem imediata após a compra.
Acessórios de Reposição para Tagima e Strinberg
O ponto fraco crônico de violões abaixo de dois mil reais são as tarraxas. As peças originais muitas vezes apresentam folgas nas engrenagens, resultando em instabilidade na afinação e saltos desagradáveis ao girar o botão.
Investir em um bom jogo de tarraxas é a atualização mais inteligente para transformar um violão barato em uma ferramenta de trabalho confiável. Abaixo, analisamos duas opções populares para resolver esse problema.
1. Jogo Tarraxa Blindada Violão 3+3 Pino Grosso
Este conjunto de tarraxas blindadas é a solução ideal para quem possui um violão Folk ou Jumbo, modelos comuns tanto na linha Tagima (Dallas, Kansas) quanto na Strinberg (SD200, SJ200).
O sistema blindado significa que as engrenagens estão seladas dentro de uma carcaça de metal, protegidas contra poeira, oxidação e sujeira externa. Isso garante uma vida útil superior e um giro suave, pois a lubrificação de fábrica permanece intacta por anos.
O termo "pino grosso" refere-se ao diâmetro do eixo que atravessa a madeira, padrão moderno de 10mm.
Esta peça é recomendada especificamente para músicos que tocam ao vivo e não podem tolerar desafinações no meio de um set. A robustez do mecanismo impede que a corda "volte" ou ceda tensão durante bends ou dedilhados agressivos.
A instalação é simples para quem já possui furação compatível, mas exige atenção ao ângulo do parafuso de fixação, que é posicionado a 45 graus. Se o seu violão atual possui tarraxas simples, a melhora na precisão do ajuste será perceptível imediatamente.
- Mecanismo blindado protege contra sujeira e oxidação
- Maior estabilidade de afinação para uso em palco
- Ação de giro suave e sem saltos
- Acabamento cromado resistente
- Exige furação de 10mm no headstock (padrão moderno)
- Pode ser necessário refazer o furo do parafuso guia em violões antigos
2. Kit Tarraxa Semi Blindada 3+3 Cromada
O kit de tarraxas semi blindadas oferece uma alternativa focada em restauração e compatibilidade com instrumentos de padrão mais simples ou vintage. Diferente do modelo totalmente blindado, estas possuem uma capa de metal estampada que cobre a engrenagem, oferecendo proteção moderada.
A grande vantagem aqui é o custo e a facilidade de adaptação em violões de estudo ou modelos da linha Memphis (Tagima) e alguns modelos de entrada da Strinberg que não utilizam o padrão "Die Cast" pesado.
Este produto atende ao perfil do estudante ou hobbista que precisa substituir uma peça quebrada sem gastar um valor próximo ao do próprio instrumento. A relação de giro costuma ser suficiente para afinações padrão, embora com menos precisão micrométrica que as blindadas.
Se você busca apenas colocar um violão antigo de volta à ativa para estudos em casa ou rodas de música informais, esta é a escolha racional pelo baixo investimento e funcionalidade direta.
- Custo acessível para reparos rápidos
- Estética clássica compatível com modelos vintage
- Leveza ideal para headstocks menores
- Fácil instalação em modelos de entrada
- Menor proteção contra poeira comparado às blindadas
- Precisão de afinação inferior a modelos profissionais
- Engrenagens podem apresentar folga com uso intenso
Tagima vs Strinberg: Quem Vence no Som?
A sonoridade é subjetiva, mas existem características técnicas objetivas em cada marca. A Tagima, especialmente na série América e nas linhas superiores, tende a entregar um som mais "quente" e focado nos médios.
Isso torna seus violões excelentes para bases e acompanhamento vocal, pois a frequência do instrumento não briga com a voz. O pré-amplificador TEQ-8 (comum em muitos modelos) é funcional, mas conhecido por "comprimir" o som quando plugado.
A Strinberg ganha destaque no brilho e no volume. Seus violões costumam ter uma projeção acústica mais alta, fruto de uma construção muitas vezes mais robusta e vernizes mais espessos que refletem mais o som.
Plugados, os sistemas da Strinberg (como o SE-60) oferecem uma saída mais "hot" (alto ganho) e cristalina. Para quem toca em bandas de pop rock ou sertanejo e precisa que o violão corte a mixagem, a Strinberg leva vantagem pela presença marcante de agudos.
Durabilidade das Tarraxas e Ferragens
Analisar a durabilidade exige olhar para os metais. Ambas as marcas, em seus modelos de entrada (abaixo de R$ 1.000), utilizam ligas metálicas mais macias nas tarraxas e pontes. Com o tempo, a tensão das cordas de aço (especialmente calibres 0.
11 ou 0.12) causa desgaste nas engrenagens originais. É aqui que a substituição pelos kits analisados acima se torna vital. Manter tarraxas originais desgastadas pode danificar a madeira do headstock devido à força excessiva necessária para afinar.
A Strinberg tem mostrado uma leve superioridade recente no acabamento das ferragens cromadas, resistindo melhor à oxidação em cidades litorâneas. A Tagima, por sua vez, possui uma rede de assistência técnica e peças de reposição mais ampla no Brasil.
Se uma tarraxa quebra, encontrar uma peça compatível para um Tagima costuma ser mais fácil em lojas físicas locais. Independentemente da marca, a lubrificação anual das engrenagens (se forem abertas ou semi blindadas) é obrigatória para evitar travamentos.
Veredito: Qual Marca Oferece Mais pelo Preço?
- Tagima: Vence na revenda e na ergonomia. Se você prioriza um braço confortável e sabe que pode querer vender o instrumento no futuro para um upgrade, a Tagima é dinheiro garantido. Modelos como o Dallas são "cheques ao portador" no mercado de usados.
- Strinberg: Vence em especificações e visual. Se você busca o máximo de recursos (afinador preciso, madeiras com visual exótico, saídas balanceadas XLR) pelo menor preço possível, a Strinberg entrega mais "carro" pelo mesmo valor. É a escolha para quem quer um instrumento definitivo para barzinhos sem gastar muito.
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Gustavo Ferreira Martins
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