Melhores Toca Discos para DJ: Direct-Drive ou Portátil?

Escolher o toca-discos certo é o primeiro passo para se tornar um DJ. O equipamento errado pode frustrar seu aprendizado e limitar sua criatividade. Este guia definitivo corta o ruído e foca em dois caminhos distintos para aspirantes a DJs: o padrão profissional de acionamento direto e a liberdade do equipamento portátil para scratch.

Aqui, você entenderá as diferenças cruciais, para quem cada modelo se destina e quais recursos são indispensáveis para suas mixagens, garantindo que seu investimento seja o correto desde o início.

A principal diferença técnica em um toca-discos está em seu sistema de acionamento, que define como o prato gira. Para DJs, essa escolha não é uma preferência, é uma necessidade. O sistema de acionamento direto, ou direct-drive, possui o motor conectado diretamente ao centro do prato.

Isso resulta em alto torque, o que significa que o prato atinge a velocidade correta quase instantaneamente e a mantém com precisão, mesmo quando você o manipula para fazer scratch ou ajustar o beat.

É o padrão da indústria por sua resposta rápida e durabilidade.

Por outro lado, o acionamento por correia usa uma correia de borracha para conectar um motor lateral ao prato. Este sistema é comum em toca-discos hi-fi, pois a correia absorve vibrações do motor, resultando em uma audição mais limpa.

Para DJs, este sistema é inadequado. O torque é baixo, o tempo de inicialização é lento e, o mais importante, a correia elástica impede qualquer tipo de manipulação do disco. Tentar fazer scratch em um toca-discos de correia resultará em um som instável e pode danificar o equipamento.

Maior desempenho

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O Audio-Technica AT-LP120XUSB é frequentemente considerado o herdeiro espiritual do lendário Technics SL-1200, oferecendo desempenho profissional a um preço mais acessível. Seu ponto forte é o motor de acionamento direto com alto torque.

Na prática, isso significa que ao soltar o disco para iniciar uma música, o prato atinge a velocidade de rotação exata sem atraso perceptível. Essa resposta imediata é fundamental para mixagens precisas e para a execução de scratches complexos.

Ele conta com controle de pitch variável, permitindo ajustar a velocidade em +/-8% ou +/-16%, um recurso indispensável para sincronizar o tempo de duas músicas diferentes.

Este toca-discos é a escolha ideal para o DJ que está montando seu primeiro setup sério ou para quem precisa de um equipamento confiável para praticar em casa. Se você planeja aprender a arte do beatmatching, fazer mixagens longas e se aventurar no turntablism, o AT-LP120XUSB oferece todas as ferramentas necessárias.

Sua construção sólida e o braço em formato de S com controle de peso e anti-skating garantem um rastreamento preciso da agulha, protegendo seus discos e garantindo a qualidade do som.

A saída USB é um bônus valioso, permitindo digitalizar sua coleção de vinis ou gravar seus sets diretamente no computador sem a necessidade de equipamentos adicionais.

Nossa escolha

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O Numark PT01USBX representa uma categoria totalmente diferente: o portablism. Este toca-discos compacto e movido a bateria foi projetado com um único propósito: permitir que você pratique scratch em qualquer lugar.

Ele dispensa a necessidade de um setup completo. Com um alto-falante embutido, uma alça para transporte e um design leve, ele é a ferramenta definitiva para o turntablist que quer aprimorar suas habilidades a qualquer momento.

Seu recurso mais distintivo é o "Scratch Slide Switch", um interruptor que emula a função de um crossfader de mixer, permitindo que você corte o som para criar padrões de scratch.

Este equipamento é perfeito para quem está focado exclusivamente na arte do scratch e não quer ou não pode investir em dois toca-discos e um mixer. Se sua paixão é o turntablism e você quer uma forma de praticar no sofá, no parque ou em viagens, o PT01USBX é a solução.

Ele também é uma porta de entrada fantástica e de baixo custo para iniciantes que desejam experimentar o scratch antes de se comprometerem com um equipamento mais caro. É fundamental entender que ele não serve para mixagens tradicionais de duas faixas, seu objetivo é ser um instrumento de performance e prática solo.

Ao avaliar um toca-discos para DJ, três elementos técnicos são determinantes para a sua performance:

• Pitch Control: Este controle deslizante ajusta a velocidade de rotação do prato, alterando o BPM (batidas por minuto) da música. Um pitch control preciso e com uma faixa de ajuste ampla (como +/- 8% ou mais) é o que permite a um DJ sincronizar perfeitamente duas músicas com tempos diferentes, a técnica conhecida como beatmatching.
• Torque do Motor: O torque é a força de rotação do motor. Um motor de alto torque, típico dos sistemas de acionamento direto, faz com que o prato acelere para a velocidade correta instantaneamente e a mantenha estável, mesmo quando o DJ está segurando ou arranhando o disco. Baixo torque torna a mixagem e o scratch imprecisos.
• Conectividade: Toca-discos profissionais oferecem saídas de áudio RCA. Eles podem ter uma chave para selecionar entre o nível de sinal 'Phono' (muito baixo, que precisa de um pré-amplificador) e 'Line' (mais alto, que pode ser conectado diretamente a uma entrada de linha no mixer ou em caixas de som ativas). A presença de um conversor USB é uma adição moderna que facilita a gravação de sets e a digitalização de discos de vinil.

As populares vitrolas em formato de maleta e outros sistemas de som tudo-em-um são projetados exclusivamente para a audição casual de discos. Tentar usá-los para DJing é uma receita para a frustração e para danos ao equipamento e aos seus vinis.

Eles falham em todos os requisitos básicos de um DJ.

Primeiro, quase todos usam acionamento por correia com baixíssimo torque, impossibilitando qualquer manipulação do prato. Segundo, seus braços são de plástico leve e as cápsulas são de cerâmica, projetadas para exercer alta pressão na agulha, o que danifica os sulcos do vinil se você tentar girar o disco para trás (back-cueing).

Por fim, eles não possuem controle de pitch, o que torna o beatmatching impossível. São aparelhos para tocar um disco do início ao fim, nada mais.

A cápsula e a agulha são a linha de frente do seu som. É o conjunto que percorre os sulcos do vinil e transforma as vibrações mecânicas em sinal elétrico. Uma boa cápsula para DJ precisa ser robusta para aguentar o back-cueing e o scratch, além de ter um bom rastreamento para se manter firme no sulco.

As agulhas esféricas são as preferidas para scratch, pois seu formato causa menos desgaste ao vinil durante movimentos agressivos. Já as agulhas elípticas oferecem maior área de contato com o sulco, captando mais detalhes e proporcionando uma qualidade sonora superior, sendo uma ótima opção para DJs focados em mixagem.

Mesmo um toca-discos excelente como o AT-LP120XUSB pode ter seu desempenho sonoro e de rastreamento melhorado com um upgrade de cápsula. Marcas como Ortofon, Shure e a própria Audio-Technica oferecem modelos específicos para DJing que podem elevar sua performance.

Trocar a cápsula original por um modelo mais especializado é um dos upgrades mais impactantes que um DJ pode fazer em seu setup.