Melhores Chuteiras Society Custo Benefício: Top 10

Gustavo Ferreira Martins
Gustavo Ferreira Martins
11 min. de leitura

Escolher o calçado certo para o futebol em grama sintética vai além da estética; é uma questão de prevenção de lesões e desempenho. Com a variação de qualidade nos campos sintéticos pelo Brasil, desde os mais baixos e duros até os mais altos com muita borracha, o equipamento precisa oferecer tração e amortecimento adequados.

Analisamos o mercado para filtrar opções que entregam durabilidade real sem exigir um investimento exorbitante.

Como Escolher: Solado, Travas e Amortecimento

O fator determinante para uma boa chuteira society é o solado. Diferente do campo, onde as travas são altas para penetrar na terra, no sintético você precisa de travas baixas e numerosas, geralmente de borracha.

Isso distribui o peso do corpo de forma uniforme e evita que o pé trave na grama, o que é a principal causa de torções de joelho e tornozelo nesse tipo de piso. Busque solados com pontos de giro (círculos na sola) que facilitam a rotação sem forçar as articulações.

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O amortecimento é o segundo pilar, especialmente para quem joga em quadras mais antigas onde o estrado de borracha já está compactado. Modelos com entressola em EVA (uma camada de espuma entre a palmilha e o solado) são obrigatórios para jogadores mais pesados ou com histórico de dores articulares.

Chuteiras muito baratas tendem a ser apenas uma peça única de borracha colada ao cabedal, o que transmite todo o impacto da corrida diretamente para o seu calcanhar.

Top 10 Chuteiras Society Custo Benefício do Ano

1. Penalty Society Bravo Y-3.0 Adulto

A Penalty Bravo Y-3.0 se posiciona como uma das líderes de mercado quando o assunto é equilíbrio entre preço e entrega técnica. Este modelo é ideal para o jogador regular que atua duas ou três vezes por semana e precisa de um produto que aguente o atrito constante da grama sintética.

O destaque vai para a tecnologia Hiperflex no solado, que possui canaletas estrategicamente posicionadas para auxiliar na flexão e movimentação dos pés, evitando aquela sensação de rigidez comum em calçados novos.

O cabedal utiliza um material sintético texturizado que ajuda no controle de bola, embora não tenha a mesma sensibilidade do couro natural. Um ponto forte é a palmilha em PU conformada, que oferece um conforto superior às palmilhas finas de EVA encontradas em modelos de entrada.

No entanto, jogadores com pés muito largos podem sentir um aperto inicial na região do mediopé, exigindo alguns jogos para que o material ceda e se molde ao formato do pé.

Prós
  • Tecnologia Hiperflex melhora a mobilidade
  • Palmilha em PU oferece bom conforto
  • Solado costurado aumenta a vida útil
Contras
  • Forma pode ser justa para pés largos
  • Ventilação limitada em dias muito quentes

2. Umbro Society Orbit

A Umbro Orbit traz a tradição da marca inglesa para o segmento intermediário, focando no jogador que prioriza o toque de bola. O design do cabedal apresenta costuras programadas que não são apenas estéticas; elas criam relevo e atrito com a bola, facilitando passes e domínios precisos.

É uma escolha acertada para meio-campistas que cadenciam o jogo e precisam de sensibilidade extra nos pés, fugindo dos materiais plásticos lisos demais.

A construção do solado em borracha antiderrapante oferece segurança nas mudanças de direção, mas o perfil da chuteira é ligeiramente mais baixo. Isso proporciona estabilidade, mas sacrifica um pouco do amortecimento de impacto se comparado a modelos com entressolas de EVA mais robustas.

Se você joga em quadras de grama sintética de alta qualidade (com bastante borracha), o desempenho é excelente; em quadras duras, o impacto será mais perceptível.

Prós
  • Costuras no cabedal melhoram o controle de bola
  • Design clássico e sóbrio
  • Boa estabilidade em dribles curtos
Contras
  • Amortecimento inferior a modelos com entressola grossa
  • Lingueta pode deslizar durante o jogo

3. Joma Maxima Society Preto e Branco

A Joma é mundialmente reconhecida pela durabilidade extrema de seus calçados de futsal e society, e a linha Maxima honra essa reputação. Este modelo é a escolha definitiva para defensores ou jogadores que desgastam muito o bico da chuteira.

A estrutura é robusta, com reforços frontais que protegem os dedos em divididas e aumentam consideravelmente a vida útil do produto, mesmo em superfícies abrasivas.

Diferente de muitas marcas que estreitaram suas formas, a Joma mantém um fit mais generoso, sendo excelente para quem tem pés largos ou peito do pé alto. O sistema de ventilação, com pequenas perfurações laterais, funciona melhor que a média da categoria.

A contrapartida dessa robustez é o peso; a Maxima não é uma chuteira de velocidade 'peso-pena', sendo um equipamento que prioriza a proteção e a estabilidade sobre a leveza absoluta.

Prós
  • Durabilidade acima da média
  • Excelente para pés largos
  • Reforço na biqueira protege contra impactos
Contras
  • Mais pesada que as concorrentes diretas
  • Design pode parecer volumoso para alguns gostos

4. Penalty Society Se7E Locker Y-2

A Se7e Locker Y-2 introduz a tecnologia 'Locker' (a famosa botinha de tecido) em uma faixa de preço acessível. Essa construção é perfeita para jogadores que buscam uma sensação de unidade entre o pé e o calçado, eliminando a lingueta tradicional que muitas vezes incomoda ou sai do lugar.

O ajuste no tornozelo oferece uma compressão leve, que, embora não previna torções graves, aumenta a percepção sensorial e a confiança nos movimentos laterais.

O solado conta com a tecnologia Aero 2, que mistura travas de diferentes tamanhos para otimizar a tração e a frenagem. É uma chuteira ágil. Contudo, o sistema de calce Locker exige paciência: colocar a chuteira pode ser difícil nas primeiras vezes devido à abertura elástica justa.

Além disso, o tecido da 'meia' tende a reter mais calor e suor, o que pode ser desconfortável em dias de verão intenso.

Prós
  • Ajuste firme com o sistema Locker
  • Sem lingueta para incomodar no chute
  • Boa distribuição de travas para tração
Contras
  • Dificuldade para calçar nas primeiras vezes
  • Retém mais calor no tornozelo

5. Topper Maestro Club V Fsal

A Topper Maestro é um ícone nos gramados brasileiros e a versão Club V mantém a essência do conforto clássico. O foco aqui é emular a sensação do couro natural através de um sintético de alta qualidade com costuras pespontadas no cabedal.

É a recomendação ideal para o jogador 'boleiro' que valoriza o conforto acima de tecnologias futuristas e prefere um visual mais tradicional, preto e branco ou cores sóbrias.

A entressola conta com a tecnologia T-Cushion, uma camada generosa de EVA que absorve bem os impactos, tornando-a uma das opções mais amigáveis para os joelhos nesta lista. O solado de borracha possui costura na parte frontal, garantindo que o bico não descole facilmente após alguns chutes fortes.

O ponto de atenção é a aderência em gramados sintéticos molhados, onde o composto de borracha da Topper pode ser um pouco menos aderente que o da Penalty.

Prós
  • Amortecimento T-Cushion superior
  • Costura reforçada no bico (blaqueada)
  • Extremamente confortável desde o primeiro uso
Contras
  • Pode ficar pesada se encharcada
  • Visual pode parecer datado para jogadores jovens

6. Penalty Matis Y-3 Society

A Matis Y-3 é a porta de entrada para quem quer uma chuteira de marca confiável gastando o mínimo possível. Ela é projetada para o jogador casual ou iniciante. Sua principal característica é a leveza e o solado com pontos de giro, que ajudam na rotação sem prender o pé no gramado.

O material do cabedal é um sintético laminado mais fino, o que proporciona um contato muito direto com a bola.

No entanto, por ser um modelo de entrada, a Matis simplifica em aspectos importantes: o amortecimento é praticamente inexistente, dependendo apenas da palmilha fina. Isso a torna menos indicada para jogadores pesados ou para partidas muito longas e intensas.

A durabilidade também é inferior à linha Bravo ou Maxima, sendo mais suscetível a desgaste no cabedal se usada com muita frequência (mais de duas vezes na semana).

Prós
  • Preço muito acessível
  • Leveza facilita a velocidade
  • Solado flexível com pontos de giro
Contras
  • Falta de entressola de amortecimento
  • Material do cabedal menos resistente

7. Chuteira Society Botinha Blank Star Cano Alto

A Blank Star aposta inteiramente no visual moderno das chuteiras de cano alto (botinha) que dominam o futebol profissional europeu, mas por uma fração do preço das grandes marcas internacionais.

É um produto voltado para o público jovem que prioriza a estética e o estilo em campo. O cano alto em tecido elástico oferece um visual agressivo e ajuda a impedir a entrada de borrachinha preta dentro do calçado.

Tecnicamente, porém, é necessário alinhar expectativas. O solado é colado e o material sintético é genérico, não oferecendo as mesmas tecnologias de grip ou durabilidade de marcas especializadas como Penalty ou Umbro.

É uma opção válida se o orçamento for extremamente apertado e o estilo for a prioridade, mas não espere que ela suporte uma temporada inteira de jogos competitivos sem apresentar sinais de desgaste acelerado.

Prós
  • Estilo moderno de cano alto
  • Preço baixo
  • Evita entrada de borrachinha no calcanhar
Contras
  • Durabilidade questionável
  • Solado rígido e sem tecnologia de amortecimento

8. Penalty Society Garra Y-2.0

Como o nome sugere, a Penalty Garra Y-2.0 foca na tração e na agressividade. O design do solado é pensado para arranques rápidos e velocidade, sendo uma excelente escolha para atacantes e pontas que jogam no limite do impedimento.

O visual é moderno, com texturas em alto relevo no cabedal que ajudam a dar efeito na bola na hora da finalização.

Ela compartilha a base tecnológica da linha intermediária da Penalty, o que garante uma construção sólida. A palmilha de 3,5mm oferece um conforto aceitável, embora não substitua uma entressola completa de EVA.

A Garra se diferencia pelo design mais arrojado e cores vibrantes, servindo bem ao jogador que quer se destacar visualmente e precisa de um calçado que responda rápido aos comandos de aceleração.

Prós
  • Design agressivo e moderno
  • Textura no cabedal auxilia no chute
  • Ótima relação tração/velocidade
Contras
  • Pode ser estreita para alguns pés
  • Amortecimento apenas mediano

9. Penalty Storm Y-3 Society

A Penalty Storm Y-3 é a definição de funcionalidade básica. Este modelo é indicado para quem joga esporadicamente ou precisa de uma chuteira reserva para não gastar o modelo principal em treinos leves ou dias de chuva.

O cabedal é simples, com poucas costuras, o que facilita a limpeza e manutenção. A tecnologia Aracnun no cabedal oferece uma textura antiderrapante básica.

O solado é o mesmo encontrado em outros modelos de entrada da marca, competente, mas sem grandes inovações. O ponto crítico aqui é a simplicidade dos materiais internos; o forro é básico e o conforto é limitado a longas durações.

Se você busca performance, vale a pena investir um pouco mais na linha Bravo; se o foco é apenas ter algo para calçar no jogo da empresa, a Storm atende bem.

Prós
  • Custo extremamente baixo
  • Fácil de limpar
  • Marca confiável com garantia
Contras
  • Conforto interno básico
  • Não recomendada para alta performance

10. Penalty Bravo XXII Society

A Bravo XXII é a versão anterior da atual Y-3.0, e isso representa uma excelente oportunidade de compra. Muitas vezes encontrada com descontos agressivos por ser de uma coleção passada, ela entrega praticamente a mesma tecnologia do modelo novo.

Possui o solado Hiperflex e costura reforçada na frente, garantindo que o calçado não abra o bico facilmente.

Para o consumidor inteligente, esta é frequentemente a melhor opção de custo-benefício absoluto da lista. Você leva um produto de nível intermediário pagando preço de entrada. A diferença estética para o modelo novo é mínima e, em campo, a performance é indistinguível.

É a escolha racional para quem não se importa em não estar usando o 'último lançamento' da vitrine.

Prós
  • Melhor preço por ser coleção anterior
  • Mesma durabilidade do modelo novo
  • Solado costurado e resistente
Contras
  • Disponibilidade de numeração pode ser limitada
  • Design ligeiramente menos moderno que a Y-3.0

Penalty, Umbro ou Topper: Qual Marca Escolher?

A escolha da marca define muito sobre o formato (fit) da chuteira. A **Penalty** domina o mercado nacional por um motivo: suas formas são adaptadas ao pé do brasileiro, geralmente mais largo, e a durabilidade dos solados de borracha é excepcional para o nosso tipo de gramado sintético.

É a escolha segura para durabilidade e reposição fácil.

A **Umbro** tende a ter um design mais europeu, muitas vezes com uma forma ligeiramente mais justa e focada no controle e no toque de bola. É a preferida de quem busca estilo e sensibilidade técnica.

Já a **Topper** brilha no conforto e no visual clássico; suas chuteiras costumam ter mais espuma e amortecimento, sendo ideais para quem prioriza o bem-estar dos pés sobre a velocidade pura.

Solado Costurado vs Colado: O Que Priorizar?

No futebol society, o atrito entre o bico da chuteira e a grama sintética (que é feita de plástico abrasivo) é constante. Chuteiras apenas coladas tendem a falhar prematuramente nessa região, abrindo a famosa 'boca de jacaré'.

Por isso, priorize modelos que mencionem **costura de reforço** ou solado **blaqueado** (costurado ao cabedal).

Modelos costurados, como a Penalty Bravo e a Topper Maestro, suportam muito mais a tensão dos chutes e das travadas no chão. Embora a costura possa adicionar alguns gramas ao peso final do produto e, em casos raros, permitir uma leve entrada de água, o ganho em vida útil compensa.

Para o jogador amador que não quer comprar chuteira a cada 4 meses, a costura é um item obrigatório na ficha técnica.

Dicas para Aumentar a Vida Útil no Sintético

  • Não use em asfalto ou cimento: O solado de society é macio para aderir na grama. No cimento, as travas se desgastam em poucas horas de uso.
  • Limpeza pós-jogo: A borracha preta do campo sintético (SBR) acumula no solado e pode ressecar a cola. Limpe com um pano úmido após cada jogo.
  • Secagem à sombra: Nunca deixe a chuteira secando no sol forte. O calor excessivo deforma o material sintético e enfraquece a cola do solado.
  • Afrouxe os cadarços: Ao tirar a chuteira, desamarre e afrouxe bem. Forçar o pé para sair sem desamarrar estoura o contraforte (calcanhar) do calçado.

Perguntas Frequentes (FAQ)

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