Melhor iPad Para Desenho: Qual Modelo Escolher?

Gustavo Ferreira Martins
Gustavo Ferreira Martins
7 min. de leitura

Escolher o iPad certo para desenhar pode transformar seu fluxo de trabalho criativo. Com tantas opções disponíveis, a decisão pode parecer complexa. Este guia foi criado para artistas, ilustradores e designers que buscam clareza.

Aqui, analisamos os fatores essenciais como compatibilidade com a Apple Pencil, a tecnologia da tela, o poder de processamento e o armazenamento ideal. O objetivo é ajudar você a identificar qual linha de iPad, seja Pro, Air ou Mini, se alinha perfeitamente com suas ambições artísticas e seu orçamento.

O Que Analisar ao Escolher um iPad Para Desenhar?

Antes de decidir entre um modelo Pro ou Air, você precisa entender quais características impactam diretamente a experiência de desenhar. A escolha correta depende de uma combinação de fatores técnicos que, juntos, criam uma ferramenta poderosa para a arte digital.

Avaliar esses pontos garante que seu investimento valha a pena e que o dispositivo atenda às suas demandas criativas por anos.

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  • Compatibilidade com Apple Pencil: Verifique se o iPad suporta a 1ª ou 2ª geração da Apple Pencil, pois a experiência de uso muda drasticamente entre elas.
  • Tecnologia da Tela: Fatores como laminação, taxa de atualização (ProMotion) e qualidade de cor (Liquid Retina XDR) afetam a precisão e a fluidez do desenho.
  • Desempenho do Chip: Um chip mais poderoso (como os da série M) permite trabalhar com mais camadas em aplicativos como o Procreate, usar pincéis complexos e manipular arquivos grandes sem travamentos.
  • Tamanho da Tela: A escolha entre uma tela maior para mais espaço de trabalho ou uma menor para portabilidade é uma decisão pessoal fundamental.
  • Armazenamento: Arquivos de arte em alta resolução, especialmente com muitas camadas, ocupam muito espaço. O armazenamento interno define quantos projetos você pode manter no dispositivo.

Análise dos Modelos: iPad Pro, Air ou Básico?

A linha de iPads da Apple é segmentada para diferentes perfis de usuário. Para artistas, a escolha geralmente se resume a três categorias principais: o iPad Pro, o iPad Air e os modelos de entrada, como o iPad básico e o Mini.

Cada um oferece uma combinação distinta de recursos, desempenho e preço.

O iPad Pro é a escolha definitiva para artistas e ilustradores profissionais. Se você trabalha com projetos complexos, animação, modelagem 3D ou simplesmente exige a melhor ferramenta disponível, este é o seu modelo.

Ele possui as telas mais avançadas, com tecnologia ProMotion (120Hz) que torna o traço da Apple Pencil incrivelmente fluido e responsivo. Os modelos maiores contam com a tela Liquid Retina XDR, que oferece brilho e contraste superiores, ideal para quem precisa de máxima fidelidade de cores.

Equipado com os chips mais recentes da série M, o iPad Pro não impõe limites ao número de camadas no Procreate ou ao tamanho dos seus arquivos. É um investimento alto, mas justificado pelo desempenho impecável.

Para a maioria dos artistas, incluindo profissionais e entusiastas sérios, o iPad Air representa o equilíbrio perfeito. Ele oferece muitos dos recursos premium do modelo Pro por um preço mais acessível.

Com um poderoso chip da série M, compatibilidade com a Apple Pencil de 2ª geração e uma excelente tela Liquid Retina laminada, o Air está mais do que preparado para trabalhos de ilustração, design gráfico e pintura digital.

A ausência da tecnologia ProMotion é a principal diferença em relação ao Pro, mas a experiência de desenho ainda é fantástica e muito superior aos modelos de entrada. Se você busca uma ferramenta profissional sem precisar do máximo desempenho absoluto, o iPad Air é a recomendação ideal.

Os modelos como o iPad básico e o iPad Mini atendem a nichos específicos. O iPad básico é a porta de entrada para o ecossistema de desenho da Apple. É uma opção válida para estudantes, iniciantes ou como um segundo dispositivo.

Sua principal limitação para artistas é a tela não laminada, que cria um pequeno espaço entre o vidro e o painel LCD, resultando em um efeito de paralaxe: a ponta da caneta parece flutuar sobre o traço.

O iPad Mini, por sua vez, é perfeito para quem prioriza a portabilidade. Ele funciona como um caderno de esboços digital de alta potência, ideal para desenhar em qualquer lugar. Apesar da tela menor, ele geralmente possui tela laminada e suporte à Apple Pencil de 2ª geração, sendo uma ferramenta poderosa em um corpo compacto.

Apple Pencil (1ª vs 2ª Geração): Qual a Diferença?

A Apple Pencil não é apenas um acessório, é metade da experiência de desenhar no iPad. A diferença entre a 1ª e a 2ª geração é significativa e afeta diretamente o fluxo de trabalho.

A Apple Pencil de 1ª geração, compatível com os iPads de entrada, é uma ferramenta competente. Ela oferece a mesma precisão e sensibilidade à pressão e inclinação de sua sucessora.

Contudo, seu design apresenta desvantagens práticas. O carregamento é feito conectando a caneta à porta Lightning do iPad, uma solução desajeitada e arriscada. Além disso, seu corpo é cilíndrico e brilhante, e ela não possui gestos por toque.

A Apple Pencil de 2ª geração (e a mais recente Pencil Pro) representa um salto em usabilidade. Ela se conecta magneticamente à lateral dos iPads Air e Pro para parear e carregar, eliminando qualquer interrupção no processo criativo.

Seu design com um lado chato melhora a ergonomia e impede que role na mesa. A funcionalidade de toque duplo na lateral permite alternar rapidamente entre ferramentas, como pincel e borracha, com um simples gesto.

Para qualquer artista que use o iPad como ferramenta principal, a experiência oferecida pela 2ª geração justifica a escolha por um modelo de iPad compatível.

Tamanho e Tecnologia da Tela: Fatores Decisivos

A tela é sua tela digital. O tamanho ideal depende do seu estilo de trabalho. O iPad Pro de 12.9 polegadas oferece um espaço de trabalho expansivo, similar a uma folha de papel A4.

É excelente para artistas que fazem gestos amplos com o braço e precisam de espaço para referências visuais ao lado do desenho. Sua desvantagem é a portabilidade reduzida. Os modelos de 11 polegadas (Pro e Air) são um meio termo versátil, oferecendo uma área de trabalho confortável sem sacrificar a facilidade de transporte.

Já o iPad Mini, com sua tela de cerca de 8.3 polegadas, é um caderno de esboços digital, perfeito para capturar ideias rapidamente.

Além do tamanho, a tecnologia importa. A tela laminada, presente nos modelos Air, Mini e Pro, funde o vidro à camada de pixels. Isso elimina o espaço de ar interno, reduzindo o paralaxe e fazendo com que a ponta da Pencil pareça tocar diretamente na linha que você está desenhando.

A tecnologia ProMotion, exclusiva do iPad Pro, eleva a taxa de atualização para 120Hz. Na prática, isso diminui a latência ao mínimo, resultando em uma resposta quase instantânea da caneta, simulando a sensação de desenhar no papel.

Por fim, a tela Liquid Retina XDR do iPad Pro de 12.9 polegadas usa mini-LEDs para alcançar níveis de contraste e brilho que rivalizam com monitores profissionais, um recurso valioso para quem trabalha com cores precisas e conteúdo HDR.

Desempenho: Qual Chip é Necessário Para Desenhar?

O processador de um iPad determina a complexidade dos projetos que você pode criar sem frustração. Os chips da série A, encontrados nos modelos básicos de iPad, são suficientes para esboços, estudos e ilustrações com um número limitado de camadas.

Eles rodam bem aplicativos como o Procreate para tarefas mais simples.

Para um fluxo de trabalho profissional, um chip da série M (M1, M2, M4, etc.) é essencial. Presentes nos modelos Air e Pro, esses processadores são derivados dos chips usados nos MacBooks, oferecendo um nível de performance muito superior.

Com um chip M, você pode trabalhar em telas com resolução altíssima, usar dezenas ou centenas de camadas, aplicar filtros e efeitos complexos em tempo real e manipular pincéis pesados sem qualquer engasgo.

A diferença é clara: enquanto um iPad básico pode ter um limite de 20 a 30 camadas em um arquivo de alta resolução no Procreate, um iPad com chip M pode suportar mais de 100 camadas no mesmo arquivo.

Para quem leva a arte digital a sério, o investimento em um modelo com chip M garante que a ferramenta nunca será o seu gargalo criativo.

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