Melhor Game Retrô Portátil: Um Guia de Compra

Gustavo Ferreira Martins
Gustavo Ferreira Martins
10 min. de leitura

Escolher um console portátil para emulação deixou de ser uma tarefa simples com a explosão de modelos chineses no mercado. A diferença entre uma experiência nostálgica perfeita e uma frustração cheia de travamentos está no hardware e no sistema operacional.

Este guia separa os brinquedos dos consoles capazes, analisando telas, processadores e a capacidade real de rodar sistemas como PS1, N64 e PSP.

Tela IPS, Linux e ArkOS: O Que Priorizar?

A tecnologia da tela é o fator mais crítico em consoles de baixo custo. Muitos modelos antigos ou muito baratos utilizam painéis TFT, que sofrem com ângulos de visão ruins e cores lavadas.

Para uma experiência visual decente, a prioridade deve ser uma tela IPS. Ela garante cores vibrantes e nitidez mesmo quando você não está olhando o dispositivo perfeitamente de frente, algo essencial em portáteis.

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O sistema operacional define a longevidade do seu aparelho. Consoles com sistemas Linux de código aberto, como o ArkOS, permitem atualizações constantes, correções de bugs e melhoria no desempenho dos emuladores pela comunidade.

Já sistemas proprietários (comuns na linha X7 e X12) são fechados: o que você comprou é o que você terá para sempre, sem chance de otimização se um jogo rodar lento.

Análise: Os 10 Melhores Games Retrô Portáteis

1. Console R36S Linux 64GB Tela IPS 3.5 polegadas

O R36S se estabeleceu como o rei do custo-benefício atual, entregando hardware que, há dois anos, custaria o dobro. Seu principal atrativo é a tela IPS de 3.5 polegadas com resolução 640x480.

Essa proporção 4:3 é ideal para sistemas clássicos como SNES e PS1, preenchendo a tela sem esticar a imagem ou criar bordas pretas excessivas. A qualidade de imagem é superior à de qualquer concorrente nesta faixa de preço.

Este modelo é indicado para entusiastas que buscam desempenho sólido até a era do PlayStation 1, com capacidade surpreendente para alguns títulos de Nintendo 64 e Dreamcast, embora estes exijam ajustes.

Os dois analógicos oferecem boa resposta, e o sistema Linux permite uma personalização profunda da interface e dos núcleos de emulação (cores).

Prós
  • Tela IPS de excelente qualidade e brilho
  • Sistema ArkOS atualizável pela comunidade
  • Desempenho perfeito para PS1 e anteriores
Contras
  • Botões de ombro (L/R) fazem barulho de clique alto
  • A dissipação de calor pode incomodar em sessões longas

2. Vídeo Game Portátil X7 Tela 5.1 polegadas 8GB

O modelo X7 aposta em um formato horizontal semelhante ao do PSP, o que favorece a ergonomia para quem tem mãos grandes. A tela de 5.1 polegadas oferece uma área de visualização generosa, tornando-o uma opção interessante para quem prioriza o tamanho da imagem sobre a densidade de pixels.

Ele funciona também como um player de mídia, rodando vídeos e músicas sem a necessidade de conversão complexa.

No entanto, o software é seu ponto fraco. Por utilizar um sistema fechado, a emulação de SNES e GBA pode apresentar 'frameskip' (pulos de quadros) e som distorcido em jogos mais pesados.

É um aparelho recomendado para jogadores casuais que querem algo simples para distrair crianças em viagens, mas não atende quem busca fidelidade técnica na emulação ou 'save states' precisos.

Prós
  • Tela grande de 5.1 polegadas
  • Formato ergonômico confortável
  • Saída para TV via cabo AV incluso
Contras
  • Emulação inconsistente em jogos de SNES
  • Sistema fechado sem opção de atualização
  • Tela com ângulos de visão limitados (TFT)

3. Mini Game X7 Plus Tela 7 polegadas HD 10.000 Jogos

Se o tamanho é o único fator decisivo para você, o X7 Plus de 7 polegadas entra em cena. Com dimensões de tablet pequeno, ele oferece uma imersão visual que os consoles verticais não conseguem igualar.

Isso é ótimo para jogos de arcade (MAME) ou para assistir a vídeos armazenados no cartão de memória. A bateria costuma ser maior fisicamente, acompanhando o chassi expandido.

Contudo, a resolução da tela esticada em 7 polegadas revela os pixels dos jogos antigos de forma agressiva, o que pode desagradar puristas. Além disso, o processador é o mesmo das versões menores, significando que ele tem uma tela enorme, mas o mesmo 'cérebro' limitado.

Jogos 3D complexos vão rodar lentamente. É ideal para multimídia e jogos 8-bits e 16-bits simples.

Prós
  • Tela gigante de 7 polegadas
  • Boa duração de bateria para vídeos
  • Memória interna de 8GB expansível
Contras
  • Baixa densidade de pixels deixa a imagem quadriculada
  • Analógicos com baixa precisão (zona morta grande)
  • Hardware fraco para a resolução da tela

4. Console R36S Branco 128GB ArkOS 3.5 polegadas

Esta versão do R36S vem equipada com um cartão de 128GB, dobrando a capacidade de armazenamento padrão. Isso é crucial para quem pretende explorar a biblioteca de PlayStation 1, onde os arquivos de jogos (ISOs) são grandes.

O sistema ArkOS pré-instalado já vem configurado para reconhecer essa expansão, facilitando a vida de quem não quer formatar cartões e baixar BIOS manualmente.

A cor branca deste modelo tende a destacar menos as marcas de dedo em comparação às versões translúcidas. O processador RK3326 garante que a interface do ArkOS rode fluida, permitindo o uso de 'Scraper' para baixar capas e sinopses dos jogos via Wi-Fi (com adaptador externo).

É a escolha certa para o 'colecionador digital' que quer ter bibliotecas completas no bolso.

Prós
  • Armazenamento generoso de 128GB
  • Compatibilidade com Wi-Fi via dongle (adaptador)
  • Suporta PortMaster para jogos de PC portados
Contras
  • O cartão SD incluso geralmente é genérico e propenso a falhas
  • Necessita adaptador OTG para Wi-Fi (não integrado)

5. Mini Console Sup Game Box Plus 400 Jogos Clássicos

O Sup Game Box é a porta de entrada mais barata possível para o mundo retrô. Focado estritamente em jogos de 8-bits (Nintendinho/Famicom), ele é extremamente simples: ligou, jogou.

Não há menus complexos, configurações de vídeo ou save states. É um dispositivo descartável no sentido de que não permite adicionar novos jogos.

Sua indicação é muito específica: crianças pequenas ou como um presente nostálgico simbólico. A tela tem baixa resolução e o som é mono e estridente. Não espere rodar Super Nintendo ou Mega Drive aqui.

Ele serve apenas para reviver Super Mario Bros original e clássicos de arcade muito antigos. Para qualquer uso sério, invista em um modelo superior.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Interface zero complexidade para crianças
  • Pode ser ligado na TV (cabo curto)
Contras
  • Bateria de baixa autonomia real
  • Não permite salvar o progresso dos jogos
  • Repetição de jogos na lista de 400

6. Vídeo Game Portátil X9 Tela 5.5 polegadas Retrô

O X9 se posiciona como um meio-termo entre o X7 e o X7 Plus, oferecendo uma tela de 5.5 polegadas. Esse tamanho é um ponto ideal para quem acha 7 polegadas exagerado e 3.5 muito pequeno.

Ele mantém a estrutura de 'MP5 Player', com foco em botões multimídia dedicados e câmera traseira (de qualidade VGA muito básica, praticamente inutilizável para fotos reais).

A performance em jogos de GBA (Game Boy Advance) costuma ser aceitável, mas a falta de um chip gráfico dedicado prejudica jogos que exigem renderização 3D. A qualidade de construção é plástica e leve, o que cansa menos as mãos, mas passa uma sensação de fragilidade.

Indicado para quem quer um player de vídeo que roda jogos simples ocasionalmente.

Prós
  • Equilíbrio entre tamanho de tela e portabilidade
  • Botões dedicados para volume e mídia
  • Fácil transferência de arquivos via USB
Contras
  • Câmera integrada é apenas decorativa (baixa qualidade)
  • Firmware antigo com poucas opções de emulação
  • Dificuldade em rodar ROMs de formatos variados

7. Console Portátil R36S Roxo Linux Bateria 3500mAh

A variante roxa do R36S não muda apenas a estética, mas nos permite focar na autonomia. Equipado com uma bateria nominal de 3500mAh, este console consegue entregar entre 4 a 6 horas de jogo, dependendo do brilho da tela e do emulador em uso (jogos 3D consomem muito mais).

A bateria é substituível, sendo um modelo padrão de polímero de lítio, o que aumenta a vida útil do aparelho.

A cor roxa translúcida remete diretamente ao Game Boy Color 'Atomic Purple', apelando para a nostalgia dos anos 90. O sistema Linux gerencia bem a energia, entrando em modo de suspensão eficiente.

É ideal para quem faz trajetos longos de ônibus ou metrô e precisa de um companheiro de viagem confiável que não morre em uma hora.

Prós
  • Excelente autonomia para a categoria
  • Design nostálgico translúcido
  • Gerenciamento de energia eficiente no ArkOS
Contras
  • Carregamento lento (evite carregadores turbo/rápidos)
  • Indicador de bateria no software nem sempre é preciso

8. Game Portátil R36S Cinza Tela IPS 15 Mil Jogos

O modelo cinza clássico do R36S é o favorito dos puristas que preferem um visual sóbrio, inspirado no DMG-01 original. Este pacote destaca-se pela biblioteca pré-carregada de 15 mil jogos.

Embora números altos sejam comuns em marketing, a curadoria no R36S costuma ser melhor organizada por pastas e sistemas do que em consoles genéricos, facilitando a navegação.

A vantagem do sistema aqui é a capacidade de criar listas de 'Favoritos'. Com 15 mil opções, você gastaria mais tempo procurando do que jogando. O R36S permite marcar seus jogos essenciais para acesso rápido.

Este modelo é perfeito para quem não quer ter o trabalho de baixar ROMs e configurar pastas manualmente no computador.

Prós
  • Visual retrô clássico e discreto
  • Sistema de favoritos e histórico de jogos recentes
  • Suporte a save states em qualquer momento
Contras
  • Muitos jogos repetidos ou em japonês na lista de 15 mil
  • Botões direcionais (D-Pad) podem ser rígidos inicialmente

9. Console R36S Azul Translúcido Código Aberto

A versão Azul Translúcido destaca a natureza 'Código Aberto' do projeto. O R36S é um clone de hardware que superou o original devido à comunidade. Desenvolvedores independentes criam atualizações que desbloqueiam funcionalidades como melhoria de desempenho no emulador de Nintendo DS (Drastic) e suporte a novos temas visuais.

Comprar este console é entrar em uma comunidade ativa.

A carcaça translúcida permite ver os componentes internos, o que agrada entusiastas de hardware. A qualidade do plástico é robusta, não passando a sensação de que vai quebrar na primeira queda.

É a escolha recomendada para o usuário 'tinker', ou seja, aquele que gosta de mexer nas configurações, testar sistemas operacionais alternativos (como AmberELEC) e extrair o máximo do hardware.

Prós
  • Comunidade de desenvolvimento muito ativa
  • Hardware visível e estética moderna
  • Dois slots de cartão SD (Sistema + Jogos separados)
Contras
  • Requer conhecimento básico de PC para atualizações
  • Tela sensível a riscos (recomenda-se película)

10. Mini Game Portátil X7 Plus KA-5883 7 polegadas

Esta variação do X7 Plus, identificada como KA-5883, foca na experiência de 'console de mesa portátil'. Devido ao seu tamanho, ele é frequentemente usado apoiado em uma mesa enquanto se joga.

Ele vem com jogos clássicos de Arcade (CPS1, CPS2, NeoGeo) que se beneficiam da tela larga, permitindo ver detalhes da arte dos sprites que ficariam minúsculos em telas de 3.5 polegadas.

A saída de som estéreo é um diferencial aqui, com alto-falantes fisicamente maiores que entregam um volume superior ao da linha R36S, embora sem muitos graves. Se o seu objetivo é jogar Beat 'em ups (jogos de briga de rua) ou jogos de luta clássicos onde a tela maior facilita a visualização dos golpes, esta é uma opção viável de baixo custo, apesar das limitações de software já citadas.

Prós
  • Melhor saída de áudio (alto-falantes maiores)
  • Bom para jogos de Arcade e Luta
  • Preço baixo por polegada de tela
Contras
  • Portabilidade comprometida pelo tamanho
  • Interface de usuário datada e lenta
  • Sem suporte a jogos de PS1 complexos

R36S vs X7 Plus: Qual Console Vale Mais a Pena?

A disputa entre a linha R36S e a linha X7/X9 é, na verdade, uma escolha entre qualidade técnica e tamanho físico. O R36S vence disparado em qualidade de emulação, tela e software.

O sistema Linux com processador quad-core roda jogos de PS1 a 60fps constantes, algo que o X7 luta para fazer. A tela IPS do R36S também oferece cores muito superiores.

Por outro lado, o X7 Plus ganha pontos apenas se você tem problemas de visão e precisa de uma tela grande, ou se quer um dispositivo multimídia barato para vídeos sem se importar tanto com a precisão dos jogos.

Para 90% dos gamers que buscam reviver a experiência real dos consoles antigos, o R36S é o investimento correto, pois oferece uma experiência fiel e sem 'lags' irritantes.

Como Adicionar Jogos no Cartão TF do Console?

  • Remova o cartão Micro SD do slot 'Games' (Slot 2 no R36S) e insira no PC usando um leitor.
  • Abra a unidade correspondente e localize a pasta 'ROMS' ou 'EASYROMS'.
  • Identifique a pasta do console desejado (ex: 'sfc' para Super Nintendo, 'psx' para PlayStation).
  • Copie os arquivos dos jogos (ROMs) baixados da internet para dentro dessas pastas específicas.
  • No caso do R36S, ao ligar o console, pressione 'Start' e selecione 'Update Games List' para que os novos jogos apareçam.

Desempenho da Bateria em Jogos 3D e 2D

A autonomia informada pelos fabricantes é quase sempre baseada em condições ideais (brilho mínimo, jogo leve). Na prática, ao rodar emuladores pesados que exigem processamento 3D e uso contínuo da CPU no máximo, como Nintendo 64, PSP ou Dreamcast no R36S, a bateria drena muito mais rápido, durando cerca de 3 a 3,5 horas.

Já em emuladores 2D como Game Boy, Mega Drive e NES, o processador trabalha com folga, permitindo que a bateria alcance até 5 ou 6 horas de uso contínuo. Uma dica valiosa para aumentar a autonomia é reduzir o brilho da tela IPS, que é muito forte por natureza; usar em 40% ou 50% é suficiente para ambientes internos e economiza muita carga.

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