Melhor Baixo Intermediário: 7 Opções de Custo-Benefício

Gustavo Ferreira Martins
Gustavo Ferreira Martins
10 min. de leitura

Sair do nível iniciante e escolher seu primeiro baixo intermediário é um passo fundamental. Você busca um instrumento que ofereça mais qualidade sonora, melhor tocabilidade e maior durabilidade sem custar uma fortuna.

Este guia analisa em detalhes sete contrabaixos com excelente custo-benefício. Aqui, você encontrará a informação necessária para decidir entre modelos de 4 e 5 cordas, entender as diferenças entre configurações de captadores e escolher a marca que melhor se alinha aos seus objetivos musicais.

O Que Define um Bom Contrabaixo Intermediário?

Um contrabaixo intermediário se diferencia do modelo de entrada pela qualidade superior de seus componentes. A madeira do corpo e do braço influencia diretamente o timbre e o sustain do instrumento.

Madeiras como Poplar ou Basswood são comuns nesta faixa e oferecem um som equilibrado. A construção deve ser sólida, com um braço confortável e trastes bem acabados, que não arranham os dedos e permitem uma ação das cordas mais baixa, facilitando a execução de frases rápidas.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

O hardware é outro ponto essencial. Tarraxas que seguram a afinação com firmeza e uma ponte robusta que permite ajustes precisos de altura e oitavas são indispensáveis. Os captadores são o coração do som elétrico do baixo.

Modelos com configurações Jazz Bass (J) ou Precision Bass (P) são clássicos e versáteis. A qualidade dos componentes eletrônicos, como os potenciômetros de volume e tone, também impacta a confiabilidade e a clareza do timbre que você entrega ao amplificador.

Análise: Os 7 Melhores Baixos Intermediários

1. Tagima TW-65 Passivo 4 Cordas

O Tagima TW-65 é um instrumento que captura a essência do clássico formato Jazz Bass. Com seu corpo em Poplar e braço em Maple, ele entrega um timbre equilibrado, com médios presentes e agudos definidos.

Os dois captadores single-coil no estilo JJ oferecem uma grande versatilidade sonora. Você pode misturar o volume de cada um para criar desde um som mais gordo e focado no captador do braço, ideal para walking bass, até um timbre mais estalado e cortante no captador da ponte, perfeito para funk e slaps.

Este baixo é a escolha ideal para o músico que está saindo de um modelo de entrada e busca um som clássico e maleável. Se você toca em bandas de rock, pop, jazz ou funk e precisa de um instrumento que se adapte a diferentes estilos, o TW-65 responde muito bem.

Por ser um baixo passivo, ele reage de forma dinâmica à sua pegada, recompensando o controle e a nuance na execução. A tocabilidade é confortável, com um braço de perfil fino que agrada a maioria dos baixistas.

Prós
  • Timbre versátil graças aos dois captadores Jazz Bass.
  • Construção sólida com boa escolha de madeiras para a faixa de preço.
  • Estética vintage e clássica, inspirada em modelos icônicos.
  • Sistema passivo que oferece som orgânico e dinâmico.
Contras
  • Os captadores de fábrica podem gerar algum ruído, comum em single-coils.
  • O acabamento, embora bonito, pode ser sensível a batidas e arranhões.
  • As tarraxas podem exigir trocas futuras para maior estabilidade de afinação.

2. Tagima TJB-5 Elétrico 5 Cordas

O Tagima TJB-5 expande as possibilidades do formato Jazz Bass com a adição da quinta corda (Si grave). Essa corda extra é fundamental para quem toca estilos modernos que exigem um alcance maior nos graves, como metal, gospel e R&B contemporâneo.

O corpo em Poplar e a configuração de captadores JJ, similar ao seu irmão de 4 cordas, garantem que a versatilidade seja mantida, mas com uma fundação sonora mais profunda e poderosa.

Para o baixista que sente as limitações de um instrumento de 4 cordas e quer explorar novas possibilidades harmônicas, o TJB-5 é um upgrade lógico. A transição para um braço mais largo exige um período de adaptação, mas a recompensa é a capacidade de tocar linhas de baixo mais graves sem precisar mudar de afinação ou de posição no braço com tanta frequência.

A construção é robusta e preparada para aguentar a tensão extra da quinta corda, oferecendo um bom sustain.

Prós
  • Extensão de notas graves com a quinta corda.
  • Mantém a versatilidade sonora do formato Jazz Bass.
  • Bom custo-benefício para um baixo de 5 cordas.
  • Braço confortável para um instrumento de 5 cordas nesta categoria.
Contras
  • A corda Si grave pode soar com menos definição se não estiver bem regulada.
  • O peso do instrumento é maior em comparação com modelos de 4 cordas.
  • Assim como outros modelos passivos, os captadores single-coil podem captar ruídos.

3. Memphis MB-40 Passivo 4 Cordas Black Satin

O Memphis MB-40 da Tagima é a personificação do som Precision Bass. Com seu captador split-coil, ele entrega aquele timbre gordo, pesado e com um soco nos médios que definiu o rock, o punk e a soul music.

O corpo em Basswood é leve, o que o torna confortável para longos ensaios e shows. O acabamento Black Satin (preto fosco) confere um visual moderno e discreto, que não marca os dedos com facilidade.

Este baixo é perfeito para o músico que busca um som direto e sem complicações. Se você quer um timbre que se assenta perfeitamente na mixagem da banda com peso e definição, o MB-40 é a ferramenta certa.

Sua simplicidade, com apenas um controle de volume e um de tonalidade, permite que você se concentre no principal: o groove. É um verdadeiro 'pau pra toda obra' para estilos que pedem uma base rítmica sólida e marcante.

Prós
  • Timbre clássico de Precision Bass, ideal para rock e punk.
  • Design simples e funcional, focado no som.
  • Corpo leve em Basswood, confortável para tocar por horas.
  • Excelente custo-benefício como primeiro upgrade.
Contras
  • Menos versátil que um baixo com dois captadores.
  • A ponte e as tarraxas são básicas e podem ser um ponto para futuros upgrades.
  • O acabamento fosco pode mostrar sinais de brilho em áreas de maior atrito com o tempo.

4. Kit Contra Baixo Bravo BB100 4 Cordas Jazz Bass

O Kit Bravo BB100 se posiciona como uma solução completa para quem está começando ou precisa de um setup secundário sem gastar muito. O baixo segue o design Jazz Bass, oferecendo a versatilidade de dois captadores single-coil, o que é um ótimo ponto de partida para explorar diferentes timbres.

O pacote inclui amplificador, cabo, correia e capa, eliminando a necessidade de comprar acessórios separadamente.

Este kit é ideal para o baixista iniciante que deseja um pacote funcional para dar os primeiros passos com um som decente. Embora o baixo não tenha o mesmo refinamento de um Tagima da série principal, ele cumpre seu papel.

O amplificador é pequeno e serve para estudo em casa. Para quem procura uma opção de baixo custo para começar a tocar imediatamente ou ter um instrumento de backup para ensaios, este kit oferece um valor inegável, com a vantagem de um design sonoro versátil.

Prós
  • Pacote completo com todos os acessórios essenciais para começar.
  • Configuração Jazz Bass oferece boa flexibilidade de timbres.
  • Custo extremamente baixo para um conjunto completo.
  • Ideal para iniciantes absolutos ou como um kit de estudo.
Contras
  • A qualidade geral do baixo e dos acessórios é de entrada.
  • O amplificador incluído tem volume e qualidade sonora limitados, apenas para estudo.
  • O instrumento provavelmente precisará de uma regulagem profissional para melhor tocabilidade.

5. Tagima Millenium 5 Cordas Natural

O Tagima Millenium 5 se afasta dos designs clássicos e entra no território dos baixos modernos. Equipado com dois captadores soapbar e um circuito ativo de 9V, este instrumento oferece um som de alta saída, limpo e com baixíssimo ruído.

O grande diferencial é o equalizador embutido, que permite controlar graves, médios e agudos diretamente no baixo. Isso concede um poder de modelagem de timbre que instrumentos passivos não têm.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico que toca estilos que demandam clareza e definição, como pop moderno, fusion ou gravações em estúdio. Se você precisa de um som consistente e que pode ser ajustado rapidamente para diferentes músicas ou ambientes, o Millenium 5 é uma ferramenta poderosa.

A quinta corda, combinada com o poder do pré-amplificador ativo, garante graves firmes e presentes. O acabamento natural e o design do corpo também são destaques, oferecendo conforto e um visual sofisticado.

Prós
  • Circuito ativo com equalizador de 3 bandas para total controle do timbre.
  • Captadores soapbar com som limpo, moderno e sem ruído.
  • Construção de alta qualidade com madeiras selecionadas.
  • Extremamente versátil para estúdio e palcos.
Contras
  • Requer uma bateria de 9V para funcionar, que pode acabar durante uma apresentação.
  • O som pode ser considerado 'estéril' ou 'moderno demais' por quem prefere timbres vintage.
  • O preço é mais elevado em comparação com os modelos passivos da lista.

6. Kit DIY Leo Jaymz Baixo Elétrico

O kit 'faça você mesmo' da Leo Jaymz é uma proposta completamente diferente. Ele não entrega um instrumento pronto, mas sim todas as peças para que você monte seu próprio contrabaixo.

O corpo já vem selado e o braço com os trastes instalados, mas toda a montagem de hardware, solda da parte elétrica e acabamento final ficam por sua conta. O modelo é inspirado no clássico Precision Bass.

Este kit é para o baixista curioso, o entusiasta que quer entender a fundo como seu instrumento funciona. Se você gosta de projetos manuais e quer a satisfação de tocar em um baixo montado por você, esta é uma experiência única.

Além do aprendizado, ele abre as portas para a personalização. Você pode pintar o corpo da cor que quiser ou até mesmo fazer upgrades nos captadores e hardware durante a montagem.

É menos sobre ter o melhor baixo e mais sobre o processo de criação.

Prós
  • Excelente oportunidade de aprendizado sobre a construção de um baixo.
  • Potencial de personalização total do instrumento.
  • Satisfação de tocar em um baixo montado por você mesmo.
  • Preço acessível para as peças incluídas.
Contras
  • Exige ferramentas, paciência e alguma habilidade manual (incluindo solda).
  • A qualidade das peças é de nível de entrada.
  • O resultado final depende inteiramente da sua habilidade de montagem e regulagem.
  • Não é uma opção para quem precisa de um instrumento pronto para tocar.

7. Memphis MB-40 Passivo 4 Cordas Fiesta Red

Compartilhando as mesmas especificações do seu irmão de acabamento fosco, o Memphis MB-40 em Fiesta Red oferece o mesmo timbre robusto de Precision Bass em um pacote com apelo visual clássico.

A cor Fiesta Red é icônica e remete aos primórdios do rock and roll, conferindo ao instrumento uma estética vintage vibrante. O som focado nos médios, com graves definidos e ataque percussivo, continua sendo o ponto forte deste modelo.

Este baixo é para o músico que não só busca o som clássico do P-Bass, mas também valoriza a estética e quer um instrumento que se destaque no palco. A combinação do som direto e poderoso com o visual chamativo faz dele uma ótima escolha para quem toca em bandas com forte identidade visual, como rockabilly, punk rock ou surf music.

Funcionalmente, ele é o mesmo cavalo de batalha do modelo Black Satin: confiável, simples e com o timbre certo para cortar a mix.

Prós
  • Timbre icônico de Precision Bass, com muito peso e definição.
  • Visual clássico e atraente na cor Fiesta Red.
  • Construção simples e robusta, ideal para o palco.
  • Ótimo valor para um baixo com este perfil sonoro.
Contras
  • Hardware de entrada que pode se beneficiar de upgrades futuros.
  • Flexibilidade sonora limitada devido ao captador único.
  • O acabamento brilhante pode evidenciar marcas de dedo e pequenos riscos mais facilmente.

4 ou 5 Cordas: Qual Escolher Para Evoluir?

A decisão entre um baixo de 4 ou 5 cordas depende do seu estilo musical e objetivos. O baixo de 4 cordas (E, A, D, G) é o padrão da indústria. Ele tem um braço mais fino e confortável, sendo ideal para rock, funk, jazz tradicional e para quem está focado em dominar os fundamentos.

A maioria das músicas foi gravada com baixos de 4 cordas, então você nunca estará mal servido.

O baixo de 5 cordas adiciona uma corda mais grave (B, E, A, D, G). Essa corda extra abre um novo território sonoro, essencial para estilos como gospel, metal moderno, pop e sertanejo universitário.

Ela permite criar linhas de baixo mais pesadas e executar músicas em tons mais graves sem precisar alterar a afinação. O braço é mais largo, o que exige adaptação, mas a recompensa é um alcance expandido e mais opções de digitação.

Baixo Passivo: O Timbre Clássico Para Seus Grooves

A maioria dos baixos analisados aqui, como o Tagima TW-65 e o Memphis MB-40, são passivos. Isso significa que seus captadores funcionam sem a necessidade de uma bateria. A principal característica de um baixo passivo é seu som orgânico e dinâmico.

Ele responde diretamente à intensidade com que você toca as cordas: toque mais leve para um som suave, ataque com mais força para um timbre mais agressivo e com mais brilho.

Baixos passivos são conhecidos por seu timbre quente e cheio, que se encaixa naturalmente em estilos clássicos. Eles têm controles simples, geralmente um ou dois volumes e um controle de tonalidade geral.

A desvantagem é que são mais suscetíveis a ruídos, especialmente modelos com captadores single-coil, e oferecem menos opções de equalização no próprio instrumento. Mesmo assim, sua simplicidade e expressividade os tornam a escolha preferida de incontáveis baixistas.

Tagima vs. Memphis: Qual Marca Oferece Mais?

Entender a relação entre Tagima e Memphis é simples: Memphis é a segunda linha da Tagima. A Tagima, com modelos como o TW-65 e o Millenium, representa a linha principal da marca. Esses instrumentos usam madeiras de melhor qualidade, hardware mais robusto (tarraxas, pontes) e captadores com melhor definição.

O controle de qualidade e o acabamento final também são mais rigorosos, resultando em um instrumento superior em som e tocabilidade.

A Memphis by Tagima, como a linha MB-40, é projetada para ser extremamente acessível. Para atingir um preço mais baixo, são feitos alguns compromissos. O hardware é mais simples e as madeiras podem ser menos selecionadas.

Apesar disso, a Memphis se beneficia do design e da experiência da Tagima, entregando instrumentos com um custo-benefício excelente para o músico iniciante ou para quem busca um segundo baixo sem gastar muito.

A escolha depende do seu orçamento e do nível de refinamento que você exige do instrumento.

Perguntas Frequentes

Conheça nossos especialistas

Artigos Relacionados